Após intensas investigações e um trabalho minucioso da perícia técnica, a Polícia Civil confirmou a autoria do atropelamento que vitimou o ex-policial militar Caio César Tavares da Silva, de 29 anos, na BR-158, entre Porto Alegre do Norte e Confresa.
O acidente ocorreu na madrugada do dia (16.02.25), quando a vítima foi encontrada sem vida às margens da rodovia. O motorista da carreta envolvida no atropelamento empreendeu fuga sem prestar socorro, deixando no local uma peça do para-choque frontal do veículo. Essa peça foi determinante para a solução do caso.
A identificação e localização do caminhão envolvido só foram possíveis graças a uma força-tarefa envolvendo as delegacias da Polícia Civil de Porto Alegre do Norte, Confresa, Água Boa e Ribeirão Cascalheira, com apoio das unidades da Polícia Militar das mesmas regiões. A Polícia Rodoviária Federal também auxiliou na localização do veículo e do condutor próximo a cidade de Água Boa.
Peritos oficiais da POLITEC de Água Boa, realizaram a justaposição da peça encontrada no local do acidente com o veículo do suspeito, e constatou que:
“Durante os exames, posicionou-se a peça junto à ausência verificada na porção inferior direita do para-choque frontal, onde foi possível identificar a equivalência nas dimensões, posicionamento dos orifícios de fixação, assim como resquícios do para-choque na peça e da peça no para-choque.”
Além disso, a perícia revelou que a peça apresentava arranhões, remoção da camada superficial de tinta e transposição de tinta preta semelhante à borracha de pneu, reforçando a tese de colisão com corpo rígido. O tacógrafo do caminhão revelou movimentação compatível com o horário aproximado do acidente, consolidando as evidências.
Após ser localizado e interrogado na delegacia de Ribeirão Cascalheira, o motorista da carreta permaneceu em silêncio. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Donizete de Oliveira Pereira, da Delegacia de Polícia de Porto Alegre do Norte, a rápida solução do caso foi resultado da ação conjunta das forças policiais e do excelente trabalho da POLITEC.
“A perícia foi fundamental para conectar os elementos encontrados no local do acidente ao veículo suspeito. O trabalho conjunto das polícias também foi essencial para que conseguíssemos esclarecer o caso de maneira ágil”, destacou o delegado.
Com a autoria do crime revelada e demais provas colhidas, o inquérito policial seguirá para a Justiça, onde serão tomadas as medidas cabíveis contra o motorista envolvido no atropelamento. A Polícia Civil continua diligenciando para concluir o inquérito nos próximos dias e garantir que a justiça seja feita.
O caso gerou grande repercussão na região, especialmente entre familiares, que agora aguardam a responsabilização do condutor pelo crime. A Polícia Judiciária Civil reforça a importância do trabalho conjunto entre as forças de segurança e da perícia técnica na elucidação de casos como esse.