Líder no ranking nacional de produção de etanol de milho em 2023, Mato Grosso deve ter ainda mais usinas do biocombustível. O governo do estado confirmou na quinta-feira, 14, a instalação de uma nova usina em Porto Alegre do Norte, no Vale do Araguaia. A indústria terá capacidade de produzir, diariamente, 935 mil litros de etanol, 587 toneladas de DDGS (farelo de milho) e 37 toneladas de óleo de milho.
A 3tentos, que já atua com o processamento de soja no município de Vera, vai investir R$ 1,04 bilhão para a construção da fábrica.
Caso a planta opere em capacidade total, ela poderá demandar em torno de 2 mil toneladas de milho por dia na região, considerando que uma tonelada de milho produz cerca de 450 litros de etanol.
Os representantes da empresa gaúcha, responsável pela implantação da indústria, estiveram reunidos com o governador para definir a estrutura baseada no desenvolvimento em um ecossistema produtivo democrático. A construção está em andamento e as operações devem iniciar em 2026.
O presidente da 3tentos, Luiz Osório Dumoncel, apontou que a expansão da região do Araguaia na produção de grãos foi um dos motivos para a escolha da nova usina.
“Existe uma junção entre potencial produtivo, perfil profissionalizado de pecuaristas, que investem cada vez mais em tecnologia, logística de escoamento favorável, com a BR 158, e também a atuação do governador Mauro Mendes e do vice Otaviano Pivetta, sempre lado a lado conosco, que nos motivou a investir na região”, relatou.
Mauro Mendes afirmou que o que deu confiança aos empresários foi a garantia de segurança jurídica e melhorias na infraestrutura e logística mato-grossense. “Estamos experimentando um grande crescimento e desenvolvimento em todas as regiões do estado, sem exceção. Com a ampliação e consolidação do setor industrial, seguramente, temos uma das maiores capacidades, entre todas as regiões do planeta, de expandir a produção de alimentos e de biocombustíveis de forma sustentável para o mundo”, enfatizou o governador.
O prefeito de Porto Alegre do Norte, Daniel Lago, afirmou que a chegada da usina vai beneficiar não apenas o município, mas toda a região do Vale do Araguaia. A previsão é de que 3 mil pessoas sejam empregadas durante a construção da usina. Após a conclusão, o complexo industrial deve empregar de 250 a 300 trabalhadores permanentes.