Mesmo com a redução de R$ 0,30 no preço do Diesel, anunciado pela Petrobrás nesta terça-feira (26), o consumidor final não deve sentir essa diferença no bolso, já que no dia 1º de janeiro, o valor do litro deve aumentar novamente com a volta da cobrança dos impostos federais PIS e Cofins. A avaliação foi feita pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), Claudyson Martins Alves.
Nesta terça-feira, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,30 por litro no preço do Diesel tipo A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,48 por litro, válido a partir desta quarta-feira (27).
Ao RepórterMT, Claudyson afirmou que a redução não vai cobrir o aumento proporcionado pela volta dos impostos federais. “Não mudou nada. Baixou para 30 (centavos) e já vai aumentar os 35 (centavos) no dia 1º”, afirma.
“Para se ter uma ideia, o dono da distribuidora, já sabendo que vai ter esse aumento no final do ano, ele ‘segura’ um pouco para vender quando estiver mais caro”, explica.
A redução dos impostos federais foi autorizada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Com a guerra na Ucrânia, e em na iminência da corrida eleitoral, o governo anterior zerou o PIS/Cofins sobre diesel, gás de cozinha e sobre biodiesel até o fim de 2022.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de medida provisória, manteve a tributação reduzida até o dia 31 de dezembro de 2023. Com isso, a volta da cobrança dos impostos deve ser já no dia 1º de janeiro de 2024.